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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Há 42 anos, há sete meses

Há tempos penso em escrever sobre o Mausoléu de Che Guevara em Santa Clara, Cuba. Hoje é um bom dia. Será minha maneira de falar sobre os 42 anos da morte do líder revolucionário.
Cheguei ao mausoléu de Che Guevara trinta minutos antes do horário de abertura. A informação do guia estava errada e por isso passei meia hora andando do lado de fora do local. Lá, no alto, está uma estátua gigante de Ernesto. Vários turistas estavam espalhados pelo prédio e tirando fotos com o líder ao fundo.
Finalmente pude entrar no prédio. Era uma sala clara e repleta de objetos pessoais de Che. Artigos que foram usados durante as batalhas que culminaram na chegada de Fidel Castro ao poder. Há também fotos da família, roupas, armas, diplomas. Tudo ali lembra o líder. Tudo lembra suas conquistas.
Lembro que perguntei a uma funcionária sobre um vídeo que é exibido aos visitantes. Ela foi muito solícita e colocou para eu assistir. Apesar da vontade de ver o vídeo estava agoniada. Não tinha muito tempo. Meu ônibus partiria em menos de três horas e tinha que voltar a casa de Carlos e Rebecca e buscar minha mala. A caminhada era grande. Mas fui vencida pela curiosidade e assisti ao vídeo inteiro. O texto é de uma carta de Fidel para Che. Imagens das batalhas que eles participaram cobrem o vídeo. Uma “nota coberta”, como diz o jornalista.
Saí desta sala e fui para o mausoléu propriamente dito. É lá que estão os restos de Che e de alguns outros líderes. A sala é escura, fria, mas imponente. É criado um clima para que o visitante possa chegar aos restos de Che. Na parede está fixada uma imagem do rosto do líder e uma estrela de luz, vinda do teto, reflete na parede. Não resisti e coloquei minha mão naquela pedra. Era gelada e tem um clima fúnebre. No final da sala tem uma chama que fica sempre acesa. É o Che sempre ali, ligado ao povo cubano. Quem for a Cuba não pode deixar de visitar o mausoléu. É uma aula de história.

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