Páginas

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mataram o Fidel

Montagem que circula na net
Na última terça-feira, 9 de novembro, a americana Activision lançou o jogo “Call of Duty – Black Ops”. Até aí nenhum problema. Uma versão do jogo já tinha ficado conhecida no Brasil por conta de um vídeo bizarro no You Tube. O problema começou porque a primeira missão da nova versão - Black Ops - é assassinar Fidel Castro. Sim, matar o ex-presidente de Cuba.

Logo a imprensa cubana e os blogueiros próximos ao governo se manifestaram. O CubaDebate disse que o game torna possível o objetivo nunca conquistado pelo governo americano. Segundo o site, foram mais de 600 atentados contra Castro.

O jogo se passa na Rússia, Vietnã e Cuba. Segundo o jogo, lugares considerados “inimigos”.

Quer conhecer o game? Clique aqui.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vem mudanças por aí?

Ainda não tive tempo de ler o que de fato representa as mudanças anunciadas por Raúl Castro.
Hoje o dia foi bem corrido e ainda tenho aula no MBA. A leitura crítica ficará para amanhã.
Quem ficou curioso pode ver aqui um pouquinho do que está rolando sobre o assunto

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

É uma delícia recordar

Hoje eu estava conversando com o meu chefe sobre Cuba. Na primeira observação ele deixou claro que não concorda com o regime imposto pelos irmãos “Castro”. Depois disse que gosta da música cubana e os “puros”, nesta ordem.

Os “puros” não fazem minha cabeça. Alguns ficam indignados quando digo que não provei nenhum sequer por lá. Ainda sim trouxe na mala uma caixa deles como souvenir.

Não fui parar em Cuba porque sou comunista ou tinha fascinação pelas lindas praias. Cuba começou com uma brincadeira, virou trabalho no curso de pós-graduação e uma realidade que hoje divido com os amigos.

Eu recomendaria àquela ilha para qualquer um dos meus amigos. Lá cai uma chuvinha gostosa que refresca à tarde. É uma delícia. As ruas de Havana Vieja cheiram chocolate, temperos...

Os cubanos são uma atração à parte. Se tiver paciência, com certeza ouvirá história bem legais. Na época que estava em Havana se falava muito da chegada de Ronaldo Fenômeno ao Corinthians. Deu para perceber que também conversei sobre futebol com os cubanos.

Logo no primeiro dia participei de uma espécie de sarau. Estava acontecendo o lançamento de um livro que não recordo o nome agora. Era o livro de um escritor francês que reuniu textos de vários cubanos. Todos estavam reunidos lendo seus textos para os demais colegas. Tudo regado a um legítimo rum cubano.

Vivi tantas experiências bacanas por lá. Poderia ficar horas escrevendo.

Fiquei feliz de relembrar algumas coisas hoje. Visitei Cuba entre os meses de fevereiro e março de 2009 e algumas histórias não estão mais tão vivas na memória. Mas falar de lá é como acender uma luz em uma sala escura. Tudo volta rapidamente à memória. Consigo lembrar com perfeição da hora do desembarque, do caminho entre o aeroporto e o convento. Enfim, lembrar de vários momentos únicos que vivi por lá.

Conhecer lugares novos é uma experiência incrível. E sempre que tiver oportunidade estarei por aí conhecendo novos lugares. Até!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Do fundo do baú

Notícia publicada hoje na coluna HÁ 50 ANOS do jornal Folha de S. Paulo

26.out.1960

Cuba estatiza empresas dos EUA em resposta a embargo

O governo cubano estatizou ontem 167 empresas dos Estados Unidos, completando a expropriação e nacionalização de todos os capitais norte-americanos no país.

Segundo o decreto subscrito pelo primeiro-ministro, Fidel Castro, e pelo presidente, Osvaldo Dorticos, a medida foi tomada em retaliação às restrições impostas pelos EUA sobre as exportações destinadas a Cuba, proibindo a comercialização de qualquer produto norte-americano para o país.

Os EUA qualificaram a decisão de Cuba como totalitária e submetida às ordens do comunismo internacional.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fariñas recebe prêmio de direitos humanos

Li esta notícia e resolvi compartilhar:


O dissidente cubano Guillermo Fariñas, 48 anos, que fez 23 greves de fome contra o regime castrista, foi anunciado hoje pelo Parlamento Europeu como o vencedor do Prêmio Sakharov 2010 de liberdade de pensamento. Segundo reportagem do jornal francês Le Monde, esta é a terceira vez em menos de dez anos que o Prêmio Sakharov é concedido à oposição cubana, após as vitórias de Oswaldo Payá em 2002 e das Damas de Branco, esposas de presos políticos, em 2005.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Só faltava isso...

Li na Folha de S. Paulo de hoje. Resolvi compartilhar. Achei um absurdo!

Dell do Brasil é processada por negar compra a quem quer ir a Cuba

O Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com processo contra a Dell do Brasil porque a empresa se recusa a conceder crédito e a vender produtos para clientes que demonstrem interesse em viajar para Cuba.

A bibliotecária Vânia Maria Parreiras conta que, em 2008, quando tentava obter um produto da empresa, foi questionada se iria para Cuba caso ganhasse uma passagem. Ela afirma que nem titubeou: "Lógico! Do que é dado não vou reclamar".

Após a declaração, foi informada que não poderia concluir a compra. Ela insistiu até que, quase quatro meses depois, recebeu o laptop. Mesmo assim, Vânia fez uma reclamação no jornal "O Globo", que foi enviada anonimamente à promotoria e deu origem ao inquérito.

De acordo com Rodrigo Terra, promotor de Justiça e autor da ação, a companhia alega que, como é subsidiária de uma empresa norte-americana, deve seguir o embargo econômico a Cuba.

À Folha a Dell afirmou que segue a política da matriz, mas que não comenta processos em andamento.

"O consumidor brasileiro não está obrigado a contribuir para o embargo. Isso é uma violação a vários artigos do Código Brasileiro do Consumidor", afirma Terra.

Segundo o professor de direito civil da Universidade de São Paulo José Fernando Simão, apenas as leis brasileiras são aplicáveis ao caso. Para ele, ao limitar a venda, a Dell exerce "ingerência indevida" na liberdade de ir e vir do consumidor, o que caracteriza abuso de direito.

O promotor Rodrigo Terra diz que a empresa pode ser condenada a pagar multa de R$ 500 mil para indenização de dano moral coletivo.

Em 2007, um grupo de físicos brasileiros pediu boicote à Dell depois que a empresa exigiu que o físico nuclear Paulo Gomes, da Universidade Federal Fluminense, que havia comprado dois computadores, assinasse um termo.

No documento, ele se comprometeria a não usar os equipamentos "na produção de armas de destruição em massa" e a não transferi-los a cidadãos de Cuba, Irã, Coreia do Norte, Sudão e Síria.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Olha o Fidel aí outra vez

O ex-líder cubano aparece mais no noticiário internacional que o irmão Raúl Castro, atual presidente de Cuba. Hoje Fidel Castro deu o ar da graça no ato em comemoração aos 50 anos dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR), unidades de bairro que foram fundadas para defender a revolução.

Mais de 20 mil pessoas ficaram reunidas para ouvir o discurso de Fidel. Ele repetiu quase que integralmente o que usou em 28 de setembro de 1960 – data da criação dos CDR.

Fidel não perdeu a oportunidade de reclamar os Estados Unidos. Ele acusou os EUA de levar o mundo “à beira da hecatombe nuclear”, caso ataque mesmo o Irã.

A foto que você vê aí é minha. Eu tirei de um CDR em Cienfuegos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ainda são apenas promessas

Cuba volta a ocupar espaço na imprensa internacional. As últimas notícias tratam da demissão da ministra da Indústria Básica, Yadira Garcia. A alegação é que a ministra foi demitida por “suas deficiências em comandar a instituição”. Seu posto será ocupado momentaneamente por Tomas Benitez Hernandes, até então vice-ministro. Um novo nome deve ser anunciado nos próximos dias.

Alguns analistas acham que a demissão de Yadira está associada às mudanças de Raúl Castro quer fazer na ilha. E a ex-ministra ainda representava a visão do governo Fidel Castro.

A notícia da saída dela veio depois do anúncio que o governo vai demitir 500 mil trabalhadores no ano que vem. Com a medida, o governo quer evitar que as pessoas que não estão trabalhando continuem recebendo do Governo. E, ainda, liberar as relações trabalhistas fora do Governo na ilha.

Realmente Cuba tem dado sinais de mudanças. Mas nada de concreto ainda aconteceu. São apenas promessas e especulações.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Leia, mas não espere relevações

O artigo do jornalista Jeffrey Goldberg foi publicado no caderno Ilustríssima deste domingo. Vale ler, mas pela repercussão que teve imaginei que era melhor.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vem mudança por aí?

Depois das recentes aparições de Fidel Castro, em 30 de agosto eu escrevi que o ex-líder cubano logo seria visto fazendo seus longos discursos pelas ruas de Havana. E não demorou muito para isso acontecer.

Na semana passada estava zapeando e vi Fidel, ao vivo, proferindo um discurso para uma multidão em Havana. Infelizmente a CNN cortou o discurso e voltou a exibir o noticiário normal.

Isso foi bem no meio do feriado da Independência e não tinha acesso à internet no hotel. Voltei para São Paulo e esqueci de procurar o discurso. Vi menos que cinco minutos, mas lembro muito bem que Fidel parecia abatido. Falava sobre os riscos de uma nova guerra, mas parava para tomar fôlego. Nem de longe demonstrava a vitalidade do passado.

Hoje Fidel voltou ao noticiário. Desta vez porque teria assumido que o modelo da economia de Cuba não é mais eficiente.

O ex-líder disse ao jornalista americano Jeffrey Goldberg que o “modelo cubano não serve nem para nós”. Analistas do mundo todo começaram a falar sobre a afirmação.

Alguns disseram que esse é o sinal para que Raúl Castro comece as reformas que tanto o país necessita. Outros chegaram a dizer que é a “morte” do modelo existente em Cuba. Mas há também quem duvidou que Castro realmente quis dizer isso. Um chegou a dizer que ele deve estar senil.

Particularmente eu fico feliz se essa afirmação for verdadeira, mas é cedo para comemorar. É preciso que as mudanças realmente passem a acontecer.

Cuba é uma ilha linda, cheia de possibilidades e que vive praticamente do turismo. Pensar que o padrão de vida da população pode mudar é ótimo.

Ainda não consegui esquecer que os turistas tinham direito a dois ovos no café da manhã e os cubanos recebiam uma dúzia, por família, para o mês todo.

Eu adoraria voltar e ver Cuba um ano e meio depois da minha visita. Sentir o clima nas ruas depois as recentes aparições de Fidel. Entender como os cubanos que vivem na ilha estão recebendo essas notícias. Se é que essas notícias chegam até eles.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ah, claro...

Li em alguns sites que Dilma Rousseff falou ontem, no “Jornal da Globo”, que o presidente Lula participou das negociações que resultaram na libertação de presos cubanos. Acho difícil acreditar nisso.

Eu já escrevi neste mesmo blog sobre os pedidos de ajuda da blogueira Yoani Sánchez para deixar a ilha para receber prêmios internacionais, participar dos lançamentos de seus livros, mas Lula nunca se posicionou oficialmente.

Sua decisão deixou claro que não iria se indispor com os Castro por causa dela.

E como acreditar que faria isso para libertar os presos cubanos?

Qualquer aceno de Lula em favor dos presos cubanos teria sido notícia em todos os lugares, assim como foi quando ele disse que daria asilo a mulher iraniana que o governo queria matar a pedradas.

Mais que isso, quando os presos cubanos foram libertados, Lula disse que recebeu a notícia com alegria. Difícil acreditar que se de fato ele tivesse participado das negociações não pedido os louros da conquista.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Morreu é?

Fidel Castro concedeu uma entrevista exclusiva à jornalista Carmem Lira, do La Jornada, do México. A conversa durou cinco horas. Parece que Fidel realmente recuperou o fôlego. Logo, logo ele estará nas ruas de Havana proferindo seus longos e famosos discursos. Quer apostar?

Fidel disse que “chegou a estar morto” e que ressuscitou em um “mundo de loucos”.

Infelizmente não consegui achar a entrevista no site. Então, vai um link do Google Notícias mesmo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ex-menina de rua de SP estuda Medicina em Cuba

Li no blog do Kotscho e resolvi publicar aqui. A história é de uma ex-moradora de rua que foi parar em Cuba.
Vale ler os comentários no blog dele. Alguns amam, outros odeiam Cuba.
Eu conheço a ilha e posso dizer que ela realmente tem suas belezas e mazelas.
Gostaria de poder voltar para Cuba e conhecer um pouco mais aquele país. 

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Só faltou o aniversariante

Hoje Fidel Castro completa 84 anos. Não estou aqui para defendê-lo, mas é fato que o cara foi longe. Desde há Revolução Cubana ele cultivou amigos e desafetos. E parece que não liga para isso. Mas isso é história para outro post.

Li no Estadão que ele não apareceu sua “própria festa”. O bolo decorado com a bandeira de Cuba e com os dizeres “Felicidades, comandante!” ficou mesmo para as crianças que celebravam a data. Isso me fez lembrar de outra história.

Quando eu ainda era repórter do Diário de S. Paulo fui cobrir uma agenda do Paulo Maluf no bairro da Liberdade, em São Paulo. Estávamos em meio a uma campanha política e Maluf circulava de um lado para o outro pedindo votos. Ele entrou até na loja Ikesaki.

Enfim, lá pelas tantas Maluf disse que ia embora e não ficaria para os parabéns. Seu bolo, feito com todo amor e carinho pelos comerciantes da liberdade, ficou intacto. O candidato boa pinta não se importou com as perguntas dos repórteres, entrou no carro e partiu para o que ele disse ser a comemoração com a família.

Eu era uma repórter de 20 e poucos anos e virei com o gravador ligado para o líder dos comerciantes e perguntei se ele ficou triste com o fato do então candidato ter ido embora sem cortar o bolo. Quando ele começou a responder que sim, que tudo tinha sido preparado Maluf o assessor do candidato veio para cima de mim e disse que eu estava errada. Que Maluf não foi embora da sua festa. Ainda com gravador ligado perguntei: Cadê ele? O cara ficou uma arara comigo. Chegou a ligar no jornal para reclamar de mim.

O fato é que o editor que estava no fim de semana adorou a história e colocou na primeira página do jornal que Maluf foi embora sem cortar o bolo de aniversário. Não ligou para a reclamação do assessor do cara. Pena que não tenho mais a matéria.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mais um para coleção

Nunca fui primeira-dama é o próximo livro que vou ler. A obra da escritora cubana Wendy Guerra mistura ficção e realidade ao contar a história de Célia Sanchez, secretária pessoal do ex-líder Fidel Castro, sob o olhar de sua mãe, Albis Torres.

Quer for à Flip poderá conhecer Wendy pessoalmente. Ela está no país para participar da mesa “Cartas, diários e subversões” agendada para o próximo domingo, dia 8, às 14h30.

O livro é inédito em Cuba e deverá permanecer assim por algum tempo. Wendy chegou a ter que explicar para o governo Raúl Castro a troca de correspondências com o editor brasileiro de seu livro.

Wendy sabe que é uma das privilegiadas que podem deixar a ilha para promover seu trabalho. E afirma que não quer deixar Havana. Ela diz que “sempre leva seu país no coração quando viaja”.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Também sou uma das frustradas

Algumas mudanças repentinas impediram que eu publicasse aqui qualquer coisa sobre a expectativa dos cubanos com o discurso de Raúl Castro, marcado para acontecer no evento oficial em comemoração ao Movimento Revolucionário.

Antes de mudar momentaneamente de emprego e ficar sem internet em casa, havia escrito que a data é conhecida em Cuba e tem um peso cultural muito grande. 26 de julho é pintado por todo o país. Nos muros das casas, das escolas.

No meu texto questionava se o anúncio traria alguma mudança significativa para a ilha.

No auge da minha loucura tive a coragem de dizer que o discurso seria para anunciar a volta de Fidel Castro ao cenário político. Afinal, o ex-líder resolveu sair do armário e fazer aparições pela ilha.

Dizia ainda que Fidel não iria assumir o comando novamente, mas sim ter uma participação efetiva no governo Raúl Castro. Se é que um dia ele deixou de dar pitacos na condução do governo.

Finalizei dizendo que esperaria a fatídica segunda-feira para ver as repercussões. E qual foi a minha surpresa?

Bom, só descobri hoje (27/07/2010) que Rául Castro frustrou não só Cuba, mas o mundo inteiro. Isso porque o atual líder cubano não deu as caras no evento oficial que marcava a comemoração da data.

As comemorações foram conduzidas pelo número dois do regime, José Ramón Machado.

Nada foi dito por Raúl ou Fidel. O representante se limitou a dizer que o governo está empenhado na busca de soluções para os problemas da ilha. Também não deu uma palavra sobre a libertação dos presos políticos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fidel resolveu sair de casa

Depois de ficar recluso durante alguns longos meses, Fidel Castro resolveu dar as caras em Cuba. A primeira aparição foi no dia 7 deste mês em um centro cientifico. Ontem o ex-líder apareceu novamente. Desta vez participou de uma mesa redonda em uma TV cubana. A entrevista foi veiculada ao vivo e está na íntegra no Youtube.

Quem ficou interessado pode conferir aqui. O site CubaDebate preparou um especial e condensou tudo.

Ainda não vi. Quero assistir com calma e ver tudo de uma vez. Mas, pela repercussão, já vi que Fidel não perdeu a oportunidade de criticar os Estados Unidos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Cadê a Adidas?

Fidel Castro reapareceu em público na semana passada. Outra vez usando um agasalho esportivo, mas desta vez uma diferença. Era um agasalho Nike e não o tradicional vermelho, azul e branco da Adidas.

O ex-líder cubano foi visto em um centro cientifico de Havana. Segundo a imprensa, o centro foi fundado por ele mesmo em 1965. Fontes do centro revelaram que se tratou de uma visita surpresa.

Crédito da imagem: Alex Castro/Cubadebate

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Fariñas e os presos políticos

Guillermo Fariñas está em greve de fome desde fevereiro e talvez hoje ela chegue ao fim. A igreja diz que o Governo Cubano aceitou libertar os 52 presos.
Fariñas afirma que só encerrará a greve quando todos estiverem na rua. Soltos. Realmente em liberdade.
O noticiário internacional está acompanhando o assunto. Me informo por meio dele e do twitter.
Quem sabe hoje Cuba não dê um passo a caminho da liberdade de expressão de seu povo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não foi tão difícil

Quando comecei a planejar minha viagem de férias para Cuba vários amigos deram palpites. E vários falaram que eu deveria pelo menos tentar entrevistar a blogueira Yoani Sánchez. Nada mais bacana para uma jornalista ouvir uma das blogueiras mais famosas do mundo.

É claro que a idéia foi logo aceita. Depois resolvi que meu trabalho de conclusão de curso da pós seria sobre Cuba. A entrevista passou de uma idéia para um desejo.

A primeira medida foi enviar um e-mail para o endereço que Yoani deixa disponível em seu site. E, para minha surpresa, a resposta não tardou a aparecer.

Hola Roberta:
Muchas gracias por tu mensaje y por tu interés en el tema cubano.
Cuando estés en Cuba llámame al 8xx 1xxx para concertar una cita.
Un abrazo desde La Habana.
Yoani

Trocamos mais algumas mensagens e ficou definido que eu iria ligar quando chegasse por lá. Fiz isso e nos encontramos em Havana para uma conversa. Infelizmente só tive um encontro com ela, mas foi um bom bate-papo. Não fiquei muito mais tempo em Havana e não conseguimos agendar outra conversa. Segui meu roteiro pelo interior de Cuba.

E por que estou falando tudo isso? Porque a toda hora só vejo as pessoas falando da dificuldade de conversar com Yoani. Não posso dizer que foi fácil, fácil e que não deu um frio na barriga. Mas é preciso tentar.

O ultimo programa Milênio da GloboNews foi sobre a blogueira. O repórter Jorge Pontual já começou falando sobre a dificuldade de falar com ela. Poxa, tira a bunda da cadeira e vai para Cuba. Vai ver com o povo vive. Encontre com Yoani em um local público. Na casa dela é realmente complicado. Parece que o local é sempre vigiado. Mas existem outras maneiras de fazer!

Afinal, aprendi na faculdade que fazer jornalismo é isso. É sair da redação em busca da reportagem perfeita.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Yoani na GloboNews

A blogueira cubana Yoani Sánchez é a entrevistada do programa Milênio da próxima segunda-feira, 26.

A entrevista feita pelo jornalista Jorge Pontual vai ao ar às 23h30. Com exibição também em alguns horários alternativos. A pergunta que não quer calar: quando foi gravada essa entrevista? Será que Jorge Pontual já tinha a informação que Yoani recebe financiamento americano?


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Talvez pela política

Não acredito que a blogueira Yoani Sánchez conseguirá deixar a ilha para participar de um evento no Brasil. Tampouco que ela consiga deixar a ilha para participar de qualquer outro evento.

Isso ficou ainda mais claro depois das últimas declarações do presidente Raúl Castro no encerramento do IX Congresso juvenil do Partido Comunista. Ele afirmou que não “cederá à chantagem de países sobre direitos humanos”.

Segundo ele, as chantagens de dissidentes cubanos em greve de fome também serão desconsideradas. Ou seja, nem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva peça por Yoani nada acontecerá.

Talvez o presidente brasileiro pudesse usar as declarações de Raúl a seu favor. É sabido que o governo de Cuba recusará um pedido de qualquer governante. E Lula poderia ser político e “fingir” que tentou fazer algo.

Para alguém que pleiteia uma cadeira na ONU após encerrar seu segundo mandado como presidente talvez seja uma medida a se pensar.

sábado, 27 de março de 2010

Será?

Li hoje que a bloqueira Yoanui Sánchez enviou uma carta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo ajuda para sair de Cuba. Segundo a matéria da Folha, a blogueira acredita que os irmãos Castro não negariam um pedido de Lula.
O difícil é acreditar que Lula faça isso. Ainda mais depois das declarações desastrosas sobre a greve de fome de dissidentes cubanos.
A carta ainda não chegou às mãos de Lula. O jeito é esperar uma posição oficial da presidência. Mas, infelizmente, eu acredito que Lula não fará tal pedido.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A vez delas II

Imprensa internacional diz que as Damas de branco foram presas.

terça-feira, 16 de março de 2010

Liberdade de expressão é tudo

Ainda bem que todo mundo pode falar o que quer no Brasil. Mas nem por isso sou obrigada a concordar.

A vez delas

Depois das greves de fome de Zapata e Fariñas, agora é a vez das “Damas de Branco” protestarem pelas ruas de Havana contra a prisão de dissidentes. Partidários saíram às ruas para repudir o movimento. Tudo aconteceu hoje em Cuba. A imagem é da EFE.

segunda-feira, 15 de março de 2010

É preciso atualizar?

Desde que decidi que Cuba seria o tema do meu trabalho de conclusão de curso da pós-graduação leio tudo o que posso sobre a ilha.

Ontem não foi diferente. Li uma matéria na Folha de S. Paulo sobre o episódio Guillermo Farinas.

O que chamou minha atenção na matéria foi a seguinte frase: “Até a noite de sexta, continuava hospitalizado e, segundo familiares, firme na decisão de manter o protesto pela libertação de 26 presos políticos que estariam doentes”.

Ficou nítido que tal matéria foi fechada na sexta-feira e ninguém se deu ao trabalho de atualizar antes de publicar. E não seria muito trabalhoso realizar a atualização. Fariñas tem um perfil no Twitter que está sendo atualizado por um representante.

Posso estar sendo chata, mas uma das informações mais importante da matéria estava velha.

O episódio lembra o que aconteceu com a coluna da Sonia Racy em 2008. No dia que faleceu a ex-primeira dama Ruth Cardoso a coluna deu uma nota dizendo que Fernando Henrique estava em Brasília. Só que o ex-presidente não tinha deixado SP.

Isso aconteceu porque a coluna fecha às 14h e depois que “roda” não é possível fazer alterações no texto. No máximo publicar uma errata no primeiro caderno.

Um pouco mais de cuidado na maneira de escrever evitaria esses episódios.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cuba nos jornais brasileiros

Os jornais Folha e Estadão dedicam espaço significativo para Cuba hoje. Os temas são: a internação de Guillermo Fariñas, a divulgação do relatório de Direitos Humanos do governo dos EUA e a repercussão das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Frei Betto e Aleida Chevara também ganham espaço na Folha.


O tema está rendendo. Quem quiser acompanhar o estado de saúde de Fariñas pode segui-lo no twitter @farinascuba. Um porta-voz está atualizando a página pessoal do jornalista cubano.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Zapata, Fariñas e Lula

No dia 23 de fevereiro faleceu o dissidente cubano Orlando Zapata. Morreu depois de 85 dias em greve de fome. Hoje, 11 de março, outro dissidente cubano está mal. Segundo a blogueira Yoani Sánchez, Guilherme Farinãs foi levado para o hospital Milian Castro em Santa Clara, Cuba, depois de desmaiar.


A greve de fome de Fariñas começou após a morte de Zapata. O motivo da greve de fome? A libertação de presos políticos.

O nosso presidente criticou a posição de Fariñas. Segundo a imprensa, Lula disse que “greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas”. Um belo discurso. Pena que discorda totalmente do passado de Lula. O próprio já fez greve de fome.

Pesquisando sobre isso achei o seguinte artigo: As insanidades de Lula. Mostra as mudanças de opinião de Lula sobre a greve de fome. Não era nem nascida em 1980 quando Lula fez sua greve de fome, mas graças às maravilhas do mundo digital podemos recuperar fatos históricos com uma simples busca na Internet.

Não quero aqui defender a medida adotada por Fariñas. Tampouco criticá-la. Fazemos uso das ferramentas que temos para conseguir nossos objetivos. E, é fato, que greve de fome vira notícia e tem apelo. E diante de tantas dificuldades que os cubanos enfrentam essa é uma das poucas ferramentas que eles podem usar. Sair de Cuba não é possível, então eles precisam atrair a atenção para a ilha. E conseguem.

domingo, 7 de março de 2010

Duas notícias

Fiquei fora por quase 20 dias e neste período não atualizei meus blogs. Aproveitei minhas férias para descansar a cabeça. Nada de levar o notebook na bagagem e ficar escrava de ler e-mails, atualizar páginas pessoais, twitter ou qualquer coisa do gênero.


Vou pagar um preço por isso. Colocar notícias “velhas” por aqui.

Bom, mas nunca tentei fazer deste espaço um lugar com informações factuais e sim um espaço para eu colocar as minhas percepções sobre Cuba.

Duas notícias que li enquanto estava fora chamaram minha atenção. A primeira foi a morte do dissidente Orlando Zapata. O cubano estava em greve de fome para protestar contra as condições carcerárias do país. O governo negou que suas ações vão contra os direitos humanos. Infelizmente não conheci nenhum familiar de algum preso político ou uma prisão de fato para saber as condições que eles são submetidos. Mas é difícil acreditar que eles realmente tenham condições mínimas de vida.

Outra notícia que chamou minha atenção foi a transferência de um preso de Guantánamo para Espanha. Este e o primeiro de cinco presos que Madrid se comprometeu a receber. Segundo o governo espanhol, dados do preso não serão divulgadas para que ele possa fazer sua vida no país. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos agradeceu a ajuda do governo espanhol para fechar o campo de detenção de Guantánamo.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Hasta mañana

Conversando com alguns amigos sobre viagens chegamos ao consenso que existem vantagens e desvantagens em viajar sozinho e acompanhado. Tudo depende do momento que você está vivendo. Viajar sozinho quando se está triste é péssimo, mas se a fase é boa pode ser uma ótima experiência.
Mas o que isso tudo tem a ver com Cuba?
Bom, lembrávamos de passagens engraçadas das viagens e me recordei de uma casa noturna que fomos conhecer em Varadero. Era minha última noite em Cuba e os colegas do hotel me convenceram que não poderia ir embora sem conhecer uma boate cubana.
Chegamos ao local. As músicas eram pré-históricas. Jon Bon Jovi ainda era sucesso por lá.
A casa não é muito diferente de algumas que conheço no Brasil. Os homens ficavam em grupos rodeando as mulheres que dançavam. Uns caras eram mais engraçados e dançavam descalços. Não entendi até hoje o motivo.
Algumas garotas usavam roupas curtas e coladas ao corpo. E quebravam até embaixo levando a loucura os caras na pista. Nada diferente do Brasil também.
Mas o bizarro mesmo era o DJ. O cara ficou o tempo todo em silêncio. Não fez qualquer interação com o público e de uma hora para outra colocou uma música que falava “hasta mañana”, acendeu as luzes e acabou com a festa. O pessoal não reclamou e foi embora. Isso foi antes das 2h30. Acho que a festa lá acaba antes.
Voltamos para o hotel. Fechei minhas malas e voltei para o Brasil.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Nova edição de A Ilha?

Os assinantes do Valor Econômico podem ler a entrevista que Fernando Morais concedeu ao jornal. Ele fala sobre o novo livro que escreve sobre a Ilha. Espiões de Fidel atacam na Flórida. Será uma nova edição do best-seller "A Ilha"?
Quem quiser pode clicar aqui e baixar A Ilha. Ou ainda clicar aqui e ler uma entrevista de 2005

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Fidel escreve sobre o Haiti

O site do jornal cubano Granma publica as reflexões do ex-líder Fidel Castro sobre o Haiti.
O Haiti coloca à prova o espírito de cooperação

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Por que agora?

Alguns sites brasileiros estão publicando hoje uma foto de 2009 do ex-líder cubano Fidel Castro. Eles atribuem a divulgação ao governo de Cuba. Inicialmente achei que se tratava de um erro na data da foto, mas não, realmente é uma foto do ano passado.
A imagem de Fidel ao lado do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi feita em abril o ano passado e divulgada hoje como cortesia (?!) da agência Reuters.
Segundo a imprensa brasileira, uma outra foto de Ortega e da esposa com Fidel e a mulher não teve a data divulgada. Sites internacionais dizem que a imagem é de dezembro passado.
Só não consigo entender o motivo para divulgar essas fotos agora. Se a imprensa internacional estiver certa a de dezembro ainda é recente, mas a de abril... Nenhuma delas comprova a saúde e vitalidade de Fidel. Será que é apenas uma maneira de não deixar Castro cair no esquecimento? O jeito é aguardar cenas dos próximos capítulos.