Páginas

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Jornalista? Ih

Lendo o material da organização Repórteres Sem Fronteiras lembrei do dia que fui tirar meu visto. O consulado estava vazio, ainda assim me colocaram em uma sala de espera. Fiquei lá por uns 10 minutos até que fui chamada por uma funcionária cubana.
A mulher tinha cara de poucos amigos. Era muito séria. Logo que li a plaquinha que fica sobre a mesa e desliguei meu celular. Fiquei com medo de alguém me ligar.
A funcionária fez algumas perguntas cordiais até ler “periodista” no campo profissão. Caí na besteira de colocar na minha ficha que era jornalista. Logo veio a recomendação: “Você sabe que não pode trabalhar lá como jornalista? É crime e você pode ter problemas”. Tratei logo de frisar que sou jornalista de formação, mas que atualmente sou funcionária pública. Ela não precisava saber que ainda trabalho com comunicação, que iria encontrar com a blogueira Yoani Sanches por lá, que Cuba era tema do meu trabalho da pós-graduação, etc, etc, etc.
Ela me olhou novamente. Devolveu meu passaporte, entregou o visto de entrada e saída e terminou desejando boa viagem. Afirmou ainda que eu iria gostar muito do país dela. Fui e voltei e não tive nenhum com a polícia cubana.

Nenhum comentário: